Festival Psica 2025 reforça presença do reggae na Amazônia
13/12/2025
(Foto: Reprodução) Festival Psica, em Belém, reúne diversos artistas com 3 dias de programação
Em mais uma edição marcada pela diversidade musical e cultural, o Festival Psica 2025 reforça a presença do reggae com Edson Gomes como headliner, além de apresentações de Célia Sampaio, radiola Freedom FM e a DJ Cleide Roots, que participa pela primeira vez, em Belém.
A escolha de Edson Gomes como headliner do reggae desta edição reforça o papel de resistência que o gênero ocupa na região Norte.
No Psica, ele sobe ao palco Guerra, no Estádio do Mangueirão, no sábado (13), com um repertório marcado por críticas sociais e mensagens de luta.
Edson Gomes é um dos headliners do Psica 2025
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Com quatro décadas de carreira, Edson Gomes é uma das referências nacionais do estilo e mantém forte conexão com o público amazônico.
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Quem abre a programação do festival é Célia Sampaio, que canta nesta sexta-feira (12), no palco Rio Voador, no Píer das Onze Janelas. A cantora é uma das vozes mais conhecidas da cena nacional, transitando por festas, palcos culturais e projetos independentes.
“Minha expectativa é das melhores. Cheia de vibrações positivas, vem com a gente”, disse.
Célia Sampaio é uma das atrações do Psica 2025
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A apresentação de Célia inaugura o dia gratuito do Psica, já introduzindo o reggae entre as primeiras atrações do evento.
Também na sexta (12), a Radiola Freedom FM, de São Luís do Maranhão, toca no espaço Megazord. A presença da Freedom cria um diálogo entre o Norte e o Nordeste. No Psica, a Freedom FM divide a noite com a aparelhagem Carabao, uma das mais reconhecidas do Pará.
Novidade no festival, figura clássica no Pará
A novidade desta edição é a estreia de Cleide Roots, que se apresenta no sábado (13), no espaço Carretinha, o mesmo onde tocam grandes DJs, como o DJ Lorran.
Com mais de 20 anos de trajetória, Cleide é uma das figuras femininas mais presentes na cena reggae de Belém, passando por competições, festas de bairro e eventos culturais. Em entrevista ao g1, ela relembra o início da relação com o gênero.
“A profundidade das letras e a capacidade de unir pessoas me atraíram. Percebi que não era só tocar, era contar uma história sonora", disse.
a DJ Cleide Roots estreia no Festival Psica 2025
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A DJ também destaca desafios enfrentados por mulheres no cenário, que é marcado por artistas do gênero masculino.
“Às vezes você tem que provar três vezes mais o seu valor. Já enfrentei apagamento e dificuldade de acesso, mas isso só reafirma que preciso continuar lutando", afirma Cleide.
Ao estrear no Psica, Cleide também chega a um dos palcos que mais têm projetado artistas da cena amazônica para fora do estado. Para ela, que construiu carreira em festas de bairro, radiolas e eventos independentes, ocupar esse espaço representa um avanço pessoal e também coletivo, especialmente para mulheres que ainda enfrentam barreiras dentro do reggae.
"É representar a música preta e levar o reggae para vários públicos. É olhar para trás e enxergar a menina lá de 2004 que hoje está aqui vencendo", conta a DJ.
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